maio 11, 2005

Batatinha e Feijãozinho em Toronto

Batatinha e Feijãozinho são os novos residentes de Toronto, agora vão aprender a miar em inglês. Bem, vou contar como foi a nossa viagem do Rio a Toronto...

Os preparativos para o momento da viagem foram muitos. Como coloquei no outro post, providenciamos a documentação necessária, a casinha para levá-los (não pode ser uma casinha dura, precisa ser maleável e caber debaixo do assento do avião, sendo que cada cia aérea possui medidas diferentes) e pegamos com a veterinária um remédio para acalmar os gatos durante a viagem. Usamos somente o remédio no vôo São Paulo - Toronto, pois o remédio não pode ser reaplicado mais de 1 vez e a duração do mesmo é de 6 horas, em geral. Por isso, o trecho Rio - São Paulo foi feito sem o calmante.

1o. trecho:
O primeiro trecho foi bem tranquilo, eu fui com o Feijãozinho na parte da tarde e o meu marido foi com o Batatinha de manhã, pois como disse anteriormente, a Varig só aceita 1 animal por cabine e assim, decidimos ir em vôos separados. No guichê da Varig, me pediram o atestado zoosanitário e a carteira de vacinação. Lá, me deram um papel para apresentar dentro do avião, no momento do embarque e pediram para pagar uma taxa pelo gato (a Varig considera o animal como um volume extra). Na hora de passar pelo raio x, pediram para tirar o gatinho da bolsa e levá-lo no meu colo. E então entramos no avião. Feijãozinho se comportou como um príncipe, não miou, nem nada, mas deu para perceber que estava muito, mas muito assustado. Fiquei abrindo a casinha para fazer carinho nele durante o vôo.

Quando chegamos em SP, o meu marido já estava em um hotel perto do aeroporto me esperando. Decidimos alugar um quarto pelo dia, para podermos soltar os gatos até a hora do segundo vôo. Não foi muito fácil encontrarmos um hotel perto do aeroporto que aceitasse receber animais. Se alguém quiser a indicação do hotel, basta falar. Foi a melhor coisa que fizemos para os gatos. Lá, colocamos areia, água e ração para eles. Neste momento, percebemos que o Batatinha estava tranquilo, esparramado em cima da cama, mas o Feijãozinho estava muito assustado, não saiu debaixo da cama.

2o. trecho:
No guichê da Air Canada, apresentamos a documentação dos gatos e novamente nos pediram para pagar a taxa exigida pela Air Canada (como a Varig já tinha cobrado uma parte da taxa, a Air Canada nos cobrou a diferença). No raio x, mais uma vez tiramos os gatinhos das casinhas e então entramos no avião. Em São Paulo, não recebemos nenhuma documentação para entregar dentro do avião.

Quando entramos no avião, colocamos os gatinhos embaixo das nossas poltronas e decidimos juntar as casinhas, para que eles pudessem ficar juntos e tambem ter um espaco maior para circular. Eles ficaram mais tranquilos desta forma, mas volta e meia tentavam escapar, enfiando as patinhas exatamente no lugar em que as casinhas se juntavam. Logo no inicio do vôo, levamos os gatinhos para o banheiro para dar o calmante. A dosagem varia de acordo com o peso do gato. Uns 30 min depois, eles adormeceram.

Meu marido, entretanto, não pregou os olhos e passou a viagem inteira de olho neles, preocupado com o que eles poderiam estar sentindo. Algumas horas depois, quando eles acordaram, tentamos dar um pouco de água e ração (que eles mal comeram) e levamos os gatinhos novamente para o banheiro, para reaplicar a dose do calmante (a dosagem só poderia ser metade da primeira). Eles ficaram tranquilos depois de algum tempo, mas dava para perceber claramente que eles estavam detestando tudo aquilo. Realmente, ficar mais de 10 horas preso dentro de um cubículo sem dúvida deve ser um inferno.

Quando chegamos em Toronto, tivemos que passar pela alfândega (customs) e uma pessoa especializada nos pediu a documentação, novamente o atestado zoosanitário e a carteira de vacinação. Tivemos que pagar uma taxa por gato (bem mais barata do que a taxa da Air Canada) e confiscaram a ração que estavámos trazendo. Talvez porque no saco não havia nenhuma info em inglês, sei lá. Portanto, se você estiver trazendo um animal, tenha certeza de ter um saquinho de ração e areia já devidamente providenciados no outro país, para não ter que sair pelas ruas procurando para comprar no dia da chegada.

Bem, terminada a viagem, os gatos estavam ENLOUQUECIDOS para sair das suas casinhas. Soltamos os gatos assim que entramos no carro e os levamos para a casa dos nossos tios. Quando chegamos lá, eles se esconderam debaixo da cama e lá ficaram durante os 2 primeiros dias. Saíram para andar um pouquinho pelo quarto, comer alguma coisa, beber água, fazer as suas necessidades, mas o porto seguro era debaixo da cama. Aos poucos, foram se acostumando com o ambiente novo e agora estão ótimos e felizes.

Conclusão:
Para viajar com animais, a preparação é extremamente necessária, para não ser pego de supresa em nenhuma etapa. A viagem em si é um STRESS e sinceramente, não pretendo ter esta experiência novamente nem tão cedo. Sei que toda esta mudança foi uma grande tormenta para eles, nós também sofremos junto, mas sabemos que agora eles estão bem. Enfim, a decisão de levar o bichinho de estimação deve ser tomada por cada um com muito critério. O importante é garantir que eles fiquem bem, onde quer que estejam.